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sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Canção da vida

Estendendo-me os braços, a vida.
Ouço sua voz: querida, siga por aqui!
Olho-a com olhar lasso
De quem se rendeu ao cansaço.

Não pense que é fácil
Viver em um mundo movido pela ganância.

De vez em quando
Coloco rodelas de esperança sobre meus olhos. Refaço-me

Tão grácil este meu coração!
Bate no compasso da emoção.

Ouço sua voz: querida, siga por aqui!
Vá por esta estrada repleta de abraços e creia no bem.

Descruzo os braços... Vou!
Você também?

Joana tiemann

8 comentários:

  1. Bom dia Joana.. e nada como acalmar nossa agitação para ouvir os mais belos cantos que a vida nos emana.. a poesia é um canto onde nós somos o maestro rsrs beijos de bom dia e até sempre

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  2. Belíssimo canto à vida. Maravilhoso poema, Joana. Bjs

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  3. Recomeçar sempre... Se abrir para vida, continuar seguindo, que o que é bom um dia vem...

    Beijo grande

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  4. Belíssimo poema, gostei!... Parabéns pela desenvoltura e criatividade!
    Faça uma visita.
    Beijos

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  5. Teus poemas são quadros. Quanto se daria por um quadro como este? O que quer que se desse, de valor ou preço, tu não aceitarias. Que preço pagaria uma preciosidade?
    A vida estende os braços e te convida com tanta meiguice, que descruzas os teus, e vais. Assim, o começo e o final do poema se encontram e se completam. Ouves a voz da vida e, ao final, o leitor ouve a tua. Bem sabes que isto nos faz pensar: a voz da vida se transportou para dentro de ti!
    Adorável a sonoridade de lasso, cansaço, fácil... grácil. Cecília Meireles usava sonoridades não idênticas, e ficava em nós apenas a sugestão delas. Arte rara.
    Para se ir por uma estrada cheia de abraços, não há que se descruzar os braços? Isso é belo, belo, muito belo...
    Não é fácil viver num mundo movido de ganância, como não é fácil viver num mundo de despudores e propostas despudoradas, ou num mundo de violências desde a palavra até o revólver. Não é fácil viver num mundo imoral, incompetente em educar crianças para a vida e em dar conta dos adultos que não foram educados crianças. Mas há muitas rodelas, de muitas esperanças, sobre os teus e os meus olhos. Permita-me fechar os olhos contigo, sob tais rodelas, e crer no amanhã. O amanhã que resulta de nosso trabalho, nossas lágrimas e nossa luta de hoje.
    Perdão pelo enorme comentário. É saudade de ler teus textos. Beijosssssssss

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  6. Belo post, lindo acróstico.

    Além de te ler eu vir te oferecer o Selo Liebster Award. Vá lá em meu blog para pegar o selo e se inteirar das regrinhas.

    http://edithlobato.blogspot.com.br/2014/09/selo-liebster-award.html

    Belo teu poema. Meus aplausos.

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  7. A gente que na grande maioria da vezes complica a vida.

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  8. Boa noite, Joana.
    Ouvir a vida a nos chamar e seguir um caminho bom e diferente.
    Crreio que isso somente será possível quando nos desapegarmos da dor.
    Cruzar os braços muitas vezes denota que não sabemos o que fazer e é tão triste...
    Adorável poema.
    Tenha uma semana de paz.
    Beijos na alma.

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