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quinta-feira, 24 de setembro de 2015

SOL


Sol...
Esparrama-te nesta selva de pedra
Aquece as mãos daqueles que venderam 
suas almas à maldade
Não renegues teu cântico de esperança
Impregne-os de claridade
Permita-os sentir toda a tua energia
Exerce teu poder!
Quero viver num mundo
Onde esta luz que de ti emana
Ofusque o egoísmo
E desanuvie os caminhos da fraternidade humana.


Joana Tiemann

domingo, 19 de julho de 2015

Sou Construção

Sou construção
Nada sei de destroços.
O que é que eu posso fazer
se já nasci alicerçada?
Enquanto muitos
perdem-se nas ruínas da solidão
eu me acho nos silêncios lilases
os que são um sim,
os que foram um quase.
Não me privo das ausências
elas fazem minha saudade inteira.
Sou nova para urgências
velha para o inútil.
O barulho sutil da noite me cai instigante
Minhas rimas iluminam caminhos escuros
Meu melhor poema me aguarda
em alguma gaveta do futuro.
Joana Tiemann

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Nas ruas que caminho


Nas ruas que caminho
Para o pão de cada dia
Eu vou colhendo sabedoria.
O momento é de andança,
De seguir em frente
Não de retrogradar.
O momento é de limpeza da alma e dos ouvidos
De abrir os olhos para as verdades do mundo.
O momento é de esforço e disciplina.
Nem só de pão viverá o homem,
Mas de toda a palavra genuína.
Nas ruas que caminho
Para o pão de cada dia
Vejo mulheres e homens solitários
Beirando o abismo do egoísmo.
A indiferença e a covardia
São mecanismos de degradação humana.
Jogo minhas rosas
Nas ruas do pão de cada dia
Com a convicção
De que elas perfumarão
outros caminhos.
Joana Tiemann

segunda-feira, 2 de março de 2015

Um mundo de cores

Quando acordei
Vi um mundo de cores
A vida a impor sua melodia. 
Segundos de introspecção
Por tantos visto como utopia.

No entanto, há um grito de indignação preso no pensamento,
Encobrindo de negrume o entendimento.
Como oferecer luz a quem profana a magnitude da existência humana?

Os dias de esperas são longos, eu sei.
Mas os vivo incansavelmente
E espero o dia que a lisura se tornará primordial.

Doravante, sigamos!
Não entreguemo-nos aos usurpadores da liberdade
Que usam das nossas eventuais dúvidas
Para fazer de seus preceitos, verdade.

Joana Tiemann

domingo, 11 de janeiro de 2015

Partitura de um olhar



Nesta manhã branca
Tudo canta
Os Pássaros, o vento, o pensamento.
Borboletas celebram a vida.
Rios de fraternidade atravessam as cidades.
Vozes unidas entoam refrões.
Ao sabor dos sentimentos, afastam-se todas as tempestades.

Uma nuvem vagueia.
Atenta à melodia emanada de cá
Desenha colcheias pelo ar.

Joana Tiemann