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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Ausência


Não quero falar da sua ausência
Falar dela é despertar um pássaro triste
É dormir no relento
Ausência é noite sem luar, é dança sem par, é mão ao vento
Não quero falar dessa dor
De alguém que aqui não está
As lágrimas por si só falam
Eu me calo
As palavras têm força
O significado é imenso
.................Silêncio

(JOANA TIEMANN)

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Um beijo


O contorno dos lábios
Desenha o desejo
Os olhos fecham-se
Vão ao encontro do sublime
O beijo
Um suspiro contido
Um tremor nas mãos
A vontade é louca
Meu coração ainda não sabe,
Mas adivinha
Que o encontro é da sua boca com a minha

(JOANA TIEMANN)

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Transfusão de sentimentos


Onde há poesia, há conexão
O coração e a emoção
O que usa a palavra para levar amor
O que faz do texto um refúgio a seu favor
Um alague de sentimentos
A transfusão direta
Uma amizade que em linhas se completa
O leitor e o poeta

(JOANA TIEMANN)

domingo, 16 de outubro de 2011

Lucidez mórbida


E por tudo que me deste
Estou aqui, relembrando aquele dia

Perdida em meus pensamentos
Tento, em vão, reviver cada momento
Em minha boca, o gosto do café morno
É confortante
Voar nas asas do retorno

Aos poucos, as mesmas sensações tomam conta de mim
 Embriago-me de uma  lucidez mórbida
E é ela mesma que me acorda
Que traz a realidade
A felicidade é galopante
E por um instante, num piscar
Tive a certeza de ter visto seu olhar

(JOANA TIEMANN)

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Elo de amor


Eu te sinto sem você chegar
Dentro de mim, no meu respirar
Eu ouço tua voz
Percorro caminhos feitos por nós
Eu sinto o cheiro
Aonde o amor chega e é verdadeiro
Eu adormeço e te sonho
Chamo o teu nome, te proponho
Minha alma se entrega para a tua
De testemunha, a lua
Elo de amor
Amor que nasce, cresce e perpetua

(JOANA TIEMANN)

domingo, 9 de outubro de 2011

Anjos da noite

Na noite sem luar, enleiam-se brumas
Anjos esboçam estrelas, no anseio de iluminar
Emergem do firmamento e como um sacramento
Vêem nos ensinar

Na noite sem luar eles rasgam o céu
Entram em nossas casas
Aconchegam-nos em suas asas
E com um olhar angelical, nos protegem de todo o mal

No enigma da noite sem luar
A vida espiritual, a quem  nega
Lagartas no casulo
Agarradas a velhas regras

Sucumbidos à vida mundana
Desconhecem os caminhos da noite
E como açoite, rasgam sentimentos
Cospem na rota da roda em movimento

(JOANA TIEMANN)





sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Na Frequência do amor


Hoje eu quero buscar o estado em que minha alma vibre
Libertar da garganta todos os meus pássaros
E sem enlaço, voar livremente
Quero almas vivas, soltas, solidárias
Mirar no horizonte, aos montes
Cores a desabrochar
Quero viver o quanto puder
Intensamente
Tudo que me couber
Quero soltar minha palavra em coro
Ser ouvida
Transformar ferro velho em ouro
Hoje quero ser fiel a minha essência
Quero alcançar o meu equilíbrio
Que o amor seja minha sentença.

É simples, vibrar e sintonizar no bem
É querer e acreditar, que tudo vem.

(JOANA TIEMANN)

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Quando o sol raiar

E é assim que eu gosto de acordar
Enquanto todos ainda dormem
Bem antes de o sol raiar
Gosto de sentir o vento quente
Aquecendo minha mente
Perder-me na calmaria do momento
Receber o novo dia como um presente
Gosto de celebrar a vida
Acordar para o que está por vir
Ter fé no meu sorrir 
E sentir
Que o destino está na palma da minha mão
Se o corpo é frágil
A alma não
É assim que eu gosto de despertar
Aflorar toda a minha essência
Com paixão e devoção
E quando o sol raiar
Como uma oração
Plantar, colher e amar

(JOANA TIEMANN)